sábado, 29 de maio de 2010

A fraude do senso comum!

A grande expectativa da sociedade, neste momento e impulsionada pelas doutrinas mais primárias e conservadoras, é que acabando com o RSI, com os subsídios e reduzindo os funcionários públicos, toda essa gente se integre na actividade económica privada e comece a produzir. Coitados deles e coitados de nós. Ainda não perceberam que num mundo globalizado há pouco de interessante para produzir; A China produz têxteis ao preço da chuva, os EUA cereais, a Índia software, Taiwan hardware, o Japão e a Alemanha produzem veículos e electrodomésticos, a América do Sul carne e peixe que sobra. Quase tudo o que precisamos é feito noutros lados de forma ultra-competitiva. Acabando ou reduzindo a redistribuição, com o argumento fatalista da falta de dinheiro, apenas nos sobra o abismo à frente, ou o retorno ao modelo da mão de obra barata (que é como quem diz, quase escrava, mesmo). Afinal, em que mundo é que esta gente vive?


Como é evidente, o caminho tem que ser outro. Oxalá estejamos preparados para o delinear.