domingo, 28 de fevereiro de 2010

E eu que o critiquei no passado…

Quando, em tempos idos, Miguel Sousa Tavares ousou entrevistar um pastor não sei das quantas, líder espiritual e efectivo da IURD em Portugal, confesso que fiquei com a pior das impressões do jornalismo. Dois dos melhores jornalistas (na altura MST e Margarida Marante) fazem uma entrevista a um pastor qualquer e saem quase humilhados??? Francamente.

Mas agora, ao ler esta entrevista que MST concedeu ao Correio da Mañhã, reconheço que o pastor da IURD era de facto muito bom nas ciências da oralidade. Porque MST continua lúcido como sempre. A seguir:

CM: Os casos de Manuela Moura Guedes e Mário Crespo não foram censura?
MST: Você acha? Há um director de jornal que recusa publicar uma crónica e no dia seguinte o texto está no site do Instituto Sá Carneiro e uma semana depois editado em livro. Eu já vivi num país com censura, já conheci países com censura, e não me lembro de censura assim. E quando vejo a Manuela Moura Guedes ter direito a 20 minutos em directo do telejornal para dizer que há censura... Sinceramente, tomara a líder da oposição birmanesa.

CM: O que se passa então agora entre a classe política e a classe jornalística?
MST: Penso que é preciso dar nas vistas, isso é que vende jornais. Há uma confusão de conceitos, que não sei se é voluntária, se é negligente, mas que está a ser feita de forma leviana. Expressões como ausência de liberdade, ditadura, são demasiado graves para serem usadas porque um director de jornal recusou publicar uma crónica do Mário Crespo sem que este revelasse qual era a sua fonte. Eu já fui director e não publicaria uma coisa baseada em fontes anónimas de restaurante. Não pode ser.
(...)
CM: Quando terminou o "Jornal Nacional de 6.ª", disse que era o fim do "jornalismo nacional de manipulação"...
MST: E disse que era um atentado à liberdade. Nunca vi, em nenhuma televisão do mundo, um jornal como aquele.

CM: Considera que esteve demasiado tempo no ar?
MST: Acho que nunca deveria ter estado no ar. Pense-se o que se pensar do actual primeiro-ministro, aquilo era um jornal para atacar uma pessoa concretamente. E às vezes perguntava por que não se fazia uma emissão contra o Paulo Portas ou a Manuela Ferreira Leite, outra contra o Jerónimo de Sousa ou o Louçã. Não há nada? Porque não investigam os submarinos ou os dinheiros da Festa do "Avante!". Lembro-me de ter dito à [jornalista] Ana Leal: o que acontece ao vosso jornal no dia em que o Sócrates for absolvido? O jornal morre por falta de objecto. O caso Freeport dura há seis anos por uma única razão: porque ainda não conseguiram entalar o Sócrates. Se fosse o Zé dos anzóis já tinha sido arquivado. Acho inconcebível que um primeiro-ministro viva sob suspeita de corrupção durante seis anos e que os contribuintes estejam a pagar esta investigação. Nós não podemos ser governados por alguém que não sabemos se é corrupto ou não. O Ministério Público tem obrigação de, rapidamente, apurar aquilo. Ou tem, ou não tem indícios. Agora, permitir que o primeiro-ministro seja queimado em lume brando na imprensa enquanto eles arrastam o processo à pesca à linha, a ver se alguém morde o anzol, é inconcebível. Eu não quero ser julgado assim. Não quero ter um primeiro-ministro julgado assim.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

O corno!

"Houve um tempo em que a PT interferiu, de facto, na informação em Portugal.
José Leite Pereira, director do Jornal de Notícias, recordou-o na Assembleia da República: "Granadeiro pediu-nos para, antes de publicarmos artigos sobre a PT, o avisarmos".
E José Leite Pereira lembrou ainda que, nessa altura (o director do JN escusou-se hoje a adiantar mais pormenores, mas a história já foi contada mais que uma vez), Rui Rio tentou afastar a direcção do jornal.
Ora o militante social-democrata Henrique Granadeiro foi presidente da Lusomundo Media (resultante da compra da Lusomundo pela PT), entre 2002 e 2004.
E quem estava no governo nessa altura? Precisamente: Durão Barroso e Santana Lopes, não menosprezando Paulo Portas.
E quem fez parte desses governos? Por exemplo, Luís Marques Mendes, José Pedro Aguiar-Branco e Paulo Rangel.
Sim, os mesmos que hoje se rebelam contra a golden share do Estado na PT nunca se incomodaram muito com a sua existência nesse tempo.
E, pelos vistos, a golden share da PT foi-lhes muito útil para controlar a informação. Sim, porque para além das tentativas de afastar a direcção do JN, foi ainda nesse tempo que Fernando Lima saiu directamente da assessoria de imprensa do ministro Martins da Cruz para a direcção do Diário de Notícias e que a direcção de Carlos Andrade foi demitida na TSF para dar lugar a uma rádio com noticiários de dois minutos e canções melosas dos anos 60. Tudo à sombra da golden share da PT.

Não têm saudades desse tempo, drs. Mendes, Aguiar-Branco e Rangel?"

Lo que venga, mil por cien...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Frases!

"Eu tenho um fraquinho por este Primeiro-Ministro, um fraquinho no bom sentido! Fez coisas, tem vontade de fazer coisas, coisas que o centro-direita já devia ter feito há muito tempo."
"Eu já me falei com o Primeiro-Ministro e houve uma pressão, mas quem fez a pressão fui eu!"
 
Luís Delgado, na SIC Noticias           Mau, o que será que se anda por aí a pressionar?

O jogo só acaba quando estiver ele a ganhar!

Miguel Veiga, o histórico de PSD Porto que ficou conhecido como o advogado das divorciadas, reparou agora que Aguiar Branco e Rangel partilham o mesmo espaço politico. Daí que retirou o apoio a Rangel e decidiu apoiar Aguiar Branco. Mas não só. Ele acha também que a existência de duas candidaturas no mesmo espaço politico é abrir alas para Passos Coelho, e isso é que não pode ser. Então, ou os dois se entendem, ou o melhor é alterar os estatutos do partido para haver segunda volta e Passos Coelho não ganhar de forma alguma. Isto é que é um democrata. Tal como o Cebolinha da banda desenhada, lá o jogo só acaba se for ele a ganhar.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Ao ouvido!

Quem????

Face ao drama do endividamento que nos assombra, seria muito interessante saber quem subscreve as obrigações que o Estado Português coloca no mercado internacional. Sim, que fundos, que investidores, que financiadores… Quem é que, com tantas dúvidas face a uma eventual insolvência das finanças portuguesas, contribui para a subida dos juros? Nem seria muito difícil, pois não? Ou estas coisas continuam a escapar à regulação?

Palavras dos outros!

Como, nem de longe nem de perto conseguiria dizer melhor, transcrevo na integra!

Do princípio da arrogância

"Nós já vimos este filme. O cenário é composto por crises cíclicas, políticos aldrabões, sociedade amorfa, corruptos em cada café, umas quantas megalomanias e uma sensação de descontentamento que deve vir aí de 1143. No meio desta neblina surge sempre alguém, um ser que se diz capaz de virar tudo isto, que só abandona o que anda a fazer porque a pátria chama por ele. Este filme tem várias partes. A fase da arrogância interior parte do princípio que lhe está destinada uma conduta divina no meio deste chavascal. A parte da arrogância privada fá-lo partilhar esse sinal divino com alguns parceiros mais próximos. E a parte da arrogância pública, inspirada nuns quantos exemplos não muito longínquos, leva-o a conceder a benesse da sua salvífica participação cívica a todos os que chafurdam neste curral. Se a arrogância pagasse imposto este país já estava abaixo dos 3% há muito anos." Bernardo Pires de Lima, no União de Facto

Da falta de dignidade dos deputados…

Multiplicam-se as críticas sobre as audições da Comissão de Ética da Assembleia da República, nomeadamente quanto à sua dignidade e utilidade. É certo que, no que diz respeito à dignidade, estamos conversados. Aquela comissão é uma palhaçada, onde ninguém se respeita nem se faz respeitar. Não é possível continuarmos a ter deputados de tão baixo calibre disponíveis para nos sujeitar a tão tristes espectáculos. No entanto, no que diz respeito à utilidade, as sessões da Comissão de ética tiveram já um momento potencialmente esclarecedor. Se Vara nunca falou com Penedos sobre o assunto TVI, conforme afirmou com total clareza, isso deve ser fácil de comprovar através das escutas, ou não? Se não houver um qualquer excerto de conversa entre os dois, saberemos que o caso é produto da imaginação fantasiosa dos Magistrados de Aveiro, cujos despachos afirmam inequivocamente que dessa conversa resultou a convicção da existência do tal plano para controlar a TVI. Certo?

sábado, 20 de fevereiro de 2010

a caminho do Séc. XXI

Paulo Rangel lembrou-se agora que quer o PSD como partido da sociedade. Pois seja bem-vindo, cá está ela! 1 Milhão de pessoas nas ruas de Berlim em 2000, será que chega? Que tal a sua ideia de voltar aos modelos educativos do Estado Novo?



Meu Deus, onde é que esta gente tem estado? Ainda não mudaram de século, Pois não?

Há coisas incríveis, não há?

Assistir, na SIC Noticias, a Pires de Lima a comprovar, por A mais B, a inconsequência de toda esta história das escutas, publicadas num jornal que ainda por cima não lê, para diminuir a democracia e o estado de direito quando, o principal partido da oposição nem sequer tem um líder que se veja e possa assumir responsabilidades, é quase poesia. São anos-luz de cultura política o que separa o CDS de tão atabalhoado PSD.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Desvarios

Na sua página no Facebook, José Manuel Fernandes (ex-director do público que participou no episódio das escutas a Belém) lança a suspeita sobre o eventual apagamento de grupos anti-sócrates no Facebook. Segundo ele o aparelho do PS estaria por trás disso denunciando as páginas e obrigando o Facebook a apagar. Eu próprio fui verificar e encontrei todos os grupos anti-socráticos de que fui tendo conhecimento. Nenhum deles foi apagado. Portanto, das duas uma, ou o senhor ensandeceu, ou quer fazer crer (continua) que existe um qualquer polvo e que o longo braço de Sócrates já chega às publicações do Facebook. Em linha com o que foi dizer à Assembleia da Républica, inclino-me mais para a segunda opção, isto é, está louco.

Tricas, tricas e mais tricas!

Parece complexo mas é muito simples.

Na blogosfera existem blogues de esquerda e blogues de direita, blogues pró governo e blogues contra, blogues colectivos e individuais, blogues e mais blogues.
Um desses blogues, o Simplex foi criado com o intuito de apoiar o PS na campanha de 2009. Conheço alguns dos seus colaboradores. Outros desses blogues apoiam o PS desde 2005 em diante, outros ainda atacam o PS desde sempre. Também conheço alguns dos seus colaboradores. Tudo normal até que a direita, pela voz de Pacheco Pereira e outros vem dizer que não é possível que alguns blogues de apoio ao governo sejam feitos por blogguers normais, porque muito bem feitos e com muita informação disponível de um momento para o outro. Teriam que fazer parte da “central de informações” do governo e teriam que ser feitos por assessores para disporem de tanta informação. Até aqui tudo mais ou menos normal. Mas não se disse só isso; disse-se também que teriam que usar meios do estado, tempo dos assessores, computadores dos ministérios, telemóveis pagos por todos nós, simples contribuintes. E disse mais, disse-se que as autorias dos blogues não correspondem à realidade e que são blogues cujos autores se escondem atrás de um suposto anonimato. Está montado o cenário para mais um ataque político feroz lançado sobre o PS e o Governo. Imagine-se então, blogues feitos por ministros e secretários de estado, que através dos respectivos assessores a actuar em rede e com meios do Estado, se dedicam, com provas documentais e opinião elevada a desmontar tudo o que a oposição lança para os média…

Entretanto, um economista do Porto, de seu nome Carlos Santos, conhecido pelos seus comentários nas caixas dos blogues, se cola à campanha de Sócrates em 2009 e passa a ter intervenção regular num blogue colectivo criado por si próprio, a favor do PS.

Mas vai que o dito economista, hoje muito conhecido por “bufo”, eventualmente desiludido pela falta de retribuição a que foi votado por parte daqueles que apoiou vem confirmar que, de facto, há assessores a escreverem em blogues e que esses mesmos assessores utilizam meios do estado, comprovando os factos com e-mails recebidos dos respectivos computadores.

A história é mais ou menos irrelevante, pois como toda a gente sabe, os assessores políticos dos governantes servem exactamente para isso mesmo, para assessorar politicamente e o próprio Estado até consagra verbas no orçamento para esse efeito. Quanto aos meios utilizados, também é mais ou menos óbvio para toda a gente que são minudências ridículas, porquanto também todos os professores universitários que são blogguers utilizam meios da universidade para o efeito, todos os funcionários públicos o fazem também, assim como todos os empregados ou sócios de qualquer empresa e não é provável que o comuniquem a todos quantos estão, hipoteticamente, a prejudicar. Sejam contribuintes do erário público, cooperantes de qualquer universidade ou patrões da empresa onde trabalham. Estritamente falando, é evidente que qualquer blogguer que queira exercer actividade política, apenas o deveria fazer com meios próprios (o meu caso) ou do respectivo partido. Na prática todos sabemos que não é isso que se passa.

Não sendo relevante a história, não deixa no entanto de marcar a agenda política e entrar nas contas dos ganhos e perdas politiqueiras. Aqueles que há mais tempo andam pela blogosfera sabem que a direita tomou desde cedo a dianteira neste domínio, deixando umas pequenas migalhas à malta do Bloco que, diga-se em abono da verdade, foi sempre bastante participativa. Era portanto uma auto-estrada com tapete vermelho para todo e qualquer ataque ao PS de que se lembrassem. E sem possibilidades de resposta, porque efectivamente a esquerda democrática demorou a arrancar. Os Pachecos tiveram sempre aqui o seu quartel-general, de onde facilmente vertiam para a comunicação social as temáticas que mais lhes agradavam. Ouro sobre azul, portanto. O problema foi ver aparecer toda uma geração de blogguers capaz de contraditar e de faze-lo bem. Capaz de desmontar aqueles chavões que nos surgiam pelos computadores. Capazes até de demonstrar que a “politica de verdade” era, afinal, mentira.
É isto e só isto que alimenta o ambiente intrincado de tricas e intrigas que se tem vivido nos blogues nos últimos tempos. Não se creia porem que se trata de disputas desgarradas, de gente despeitada, pronta a combater pelo seu espaço vital. Não, não é nada disso. É, assim como as escutas e outros acontecimentos, mais um pauzinho na fogueira onde se vai cozinhar o caldo da sucessão de José Sócrates. É toda uma envolvência destinada a marcar posição para o tiro de partida, que a direita e em especial o PSD, suspeita estar próximo.

Pode ser que se enganem…

Excertos de uma lição bem estudada.

"Nos anos 60 passaram do liceu para as universidades. São do tempo em que ser senhor doutor valia alguma coisa e as famílias apostaram fortemente na sua formação, confiando que, apesar de cada ano lectivo corresponder a maior irreverência, no fim eles teriam o canudo. Para o futuro ficaram conhecidos como geração de 60. Em Portugal, a PIDE e a censura deram-lhes um enquadramento de resistência que vai para lá do que aconteceu aos seus congéneres nos países democráticos. Após 1975 cortaram o cabelo, apararam a barba e quando a tropa, já sem MFA, recolheu aos quartéis começaram a sentar-se no aparelho de Estado. Academicamente bem apetrechados e com o país a precisar de refazer-se das vagas de saneamentos, esta nova geração passou rapidamente da oposição para o poder."...
..."Não são de modo algum a primeira geração a ficar refém dum tempo político. “Falhámos a vida, menino” – é uma das frases finais de “Os Maias”. Mas no caso da geração de 60 não só não parece que esteja interessada em fazer balanços do seu legado – à excepção daquelas evocações que os transformam em heróis – como, por ironia, eles, que em jovens foram tão eficazes a combater o poder, revelam-se agora, à beira de se tornarem velhos, dispostos a quase tudo quando alguém os confronta com aquilo em que se tornaram."... Helana Matos, no Público.
 
Não fosse esta crónica ter as baterias apontadas ao PS num claro aproveitamento do momento politico, e “esquecendo-se”, assim como quem faz por esquecer, das outras cores politicas, correntes de opinião e estruturas da nação, e seria o primeiro a tirar-lhe o chapéu.

Pacheco Pereira disse:

"É Claro que há liberdade de expressão em Portugal, o que há é tentativas para a condicionar"

Pois, cá em casa tambem. Os meus filhos não podem dizer palavrões!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

José Sócrates...

...acabou de afirmar, na comunicação ao país, que não teve, nem nunca terá, nenhum plano para controlar a comunicação social.

Paulo Rangel acaba de garantir...

...que não é candidato à liderança do PSD. Perdão, que vai levar a candidatura até ao fim.

Esta tambem está boa...

"...estamos perante afirmações de cariz factual que são totalmente inverídicas, não tendo jamais a Presidência da República utilizado os métodos que lhe são imputados pelo jornalista Mário Crespo, em afirmações que não podem deixar de se considerar extremamente graves e lesivas do bom nome de uma instituição da República..."
O CHEFE DA CASA CIVIL
José Manuel Nunes Liberato

A questão é que o Mário Crespo até suscita uma certa simpatia, não é? A gente ouve o JM Fernandes na comissão de ética e percebe logo que aquilo é tudo rambóia, treta da séria, virgem ofendida com ar de cúmplice. Mas quando ouve o Crespo, fica com a sensação de que o homem, enfim, se sente realmente incomodado. E que diz aquelas coisas de forma meio disléxica, revestindo de inocência os seus actos mais perversos, mas que no fundo gostaria de viver num país melhor (desde que tivesse uma palavra a dizer).

Mas depois há isto. Isto e a distribuição de fotocópias. Estas coisas com ar de fundo roto. Com ar de espertinho de roda curta...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Sócrates continua a liderar a intenção de voto

Após a "semana negra" de revelação de escutas e ataques concertados e mais ou menos generalizados, José Sócrates continua a liderar a intenção de voto dos portugueses. Nada de novo, e aliás em continuidade com as sondagens que já tinham sido publicadas recentemente. Desta vez é da Aximage para o correio da manhã, onde pode ler-se:

"...após a publicação das escutas no jornal ‘Sol’, José Sócrates continua a liderar a intenção de voto dos portugueses, mas sofreu uma queda de 1,4%.
Se no início de Fevereiro, antes de rebentar o tema nas páginas dos jornais, o primeiro-ministro reunia 33,8% das intenções de voto, agora tal valor caiu para 32,4%. Em compensação, o PSD saiu beneficiado com a polémica, já que subiu 1,5% nas intenções de voto, para os 26,3%."

Como aqui sempre dissemos, nestas coisas de grandes tumultos e polémicas, há que procurar sempre duas coisas: a verdade nua e crua dos factos e a quem beneficia a sua exposição. Neste caso está visto. Não nos enganamos.

Lá que se dizia, dizia...

Fernando Nobre candidata-se a Belém


Presidente da ONG Assistência Médica Internacional (AMI) quer ser Presidente da República e avança esta sexta-feira. Expresso

PS propõe debate sobre a realidade da comunicação social

"Os socialistas pretendem ver discutidas, nomeadamente, questões como a transparência da propriedade dos órgãos de comunicação social e a influência do poder económico e político sobre os respectivos meios, a precariedade dos vínculos laborais da classe jornalística e consequências sobre o desempenho dessa actividade." TSF


Veremos se os arautos da liberdade de expressão aceitam levar isto para a frente. É que vão-se encontrar umas coisas giras, vão, vão! Mas desconfio que afinal não vai haver muita gente interessada em discutir a sério quem é que influencia os média…

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

As três faces da laranja!

Palavras dos outros!

«Se Rangel for eleito, abandona o PE sem sequer ter aquecido lugar». Sic Notícias

Do mau gosto!

"Talvez porque tenha memória ou porque, na infância, tenha lido a história do menino e do lobo, não me impressionam as gritarias do género "Censura! Censura!" ou "Fascismo! Fascismo!" que de vez em quando agitam a política e a comunicação social portuguesas.
Também não é o facto de nunca ter sido aqui impedido de escrever o que quer que seja (mais de uma vez tive que ser eu próprio a impedir-me de fazê-lo...), que me leva a não levar à letra o clamor que em certos meios por estes dias se levanta de que não haverá "liberdade de expressão" em Portugal. Soubesse de razão certa (e justa) de uma só voz amordaçada e sentir-me-ia também amordaçado. A liberdade é uma flor frágil e está sempre em risco. Mas é uma daquelas palavras que, segundo Ionesco, devem ser ditas de modo a que não caia em ouvidos de surdos. Há coisas que se dizem no café, entre amigos, ou numa tasca, mas que, por motivos de bom senso e de bom gosto, é intolerável pretender publicar num jornal invocando a liberdade. Talvez os bárbaros estejam às portas da cidade, pois estão sempre. Mas também estão (estão sempre) dentro das muralhas." Manuel António Pina, no JN

Há comparações que não se fazem, ponto! Porque a desproporção entre comparados é tal que distorce a relação que cada um estabelece com a verdade, isto é, falseiam a percepção da realidade. Num certo sentido atentam contra a ética e, se recorrentes configuram manipulação. É o caso das referências recorrentes ao polvo, quando se procura demonstrar que um determinado grupo actuou em rede para alcançar os seus objectivos. Acontece que, no nosso imaginário colectivo, “o polvo” é uma expressão por excelência para denominar a máfia italiana (quem não se lembra da série da TV). Uma organização violenta e sanguinária, infiltrada transversalmente na sociedade. Aqueles que o fazem, como João Miranda AQUI e Francisco Almeida Leita AQUI e AQUI, entre muitos outros, ignorando o sentido da decência, mas bem conhecedores do cenário que pretendem impor, apenas o fazem porque tem liberdade e condições de cidadania para se exprimirem, contrariando a própria tese, que pretendem impingir.

É triste, mas não é novo nem raro. Assiste-se, de forma mais ou menos persistente ao insulto fácil de fascista, ou nazi, a propósito de qualquer prática banal mais sectária, desvalorizando os limites do horror e do sofrimento humano infligidos pelos regimes que assim se intitularam.

Deveria haver um sentido ultimo de moralidade em cada um que mantivesse reserva em relação a termos cuja aplicação apenas suscitasse comparações em situações análogas, de reais atentados contra o ser humano (e tantos que ocorrem permanentemente). Por muito interessante que possa parecer “desmascarar” praticas menos próprias da classe política, ou mesmo o turbilhão mediático causado, é sempre maior o dano para a liberdade e para cada um de nós causado pelo esvaziamento das palavras. Além disso é de um tremendo mau gosto!

António Vitorino acredita que Sócrates vai resistir

O socialista António Vitorino considerou, esta segunda-feira, que José Sócrates vai resistir e acrescentou que não encontra razões para alguém provocar uma crise política em Portugal.
Para o comentador socialista da RTP, «Sócrates não tem perfil de desistente», pelo que «não vai abandonar o lugar, por muitas pressões» que sofra.
O primeiro-ministro «já tem uma boa "endurance" de resistência ao longo destes anos e vai reagir», sublinhou, no seu habitual programa de comentário na RTP.
«Isto tem de terminar porque o país não pode andar eternamente distraído daquilo que são os seus reais problemas», defendeu.
António Vitorino reforçou que «não há condições para ninguém provocar uma crise política», porque «nem a oposição vai apresentar uma moção de censura, nem o Governo vai radicalizar a sua posição, apresentando por exemplo uma moção de competência». RTP/TSF

Actualidades

Não deixa de ser interessante que o envolvimento de Santana Lopes no caso “Face Oculta” passasse praticamente em branco na comunicação social portuguesa. É certo que, entre ontem e hoje, não faltaram temáticas mais quentes e muito mais importantes, já que o assunto é quase irrelevante. Houve a designação de Victor Constâncio para vice-presidente do Banco Central Europeu, que só por si já enche todo e qualquer noticiário. Não só pelo facto em si mas pelos apetites que provoca a sua substituição e o nome do substituto. Houve também muito frio, e a neve a bloquear algumas estradas. Houveram peripécias múltiplas de carnaval, os habituais casos e contra-casos do futebol e até uma starlete americana que fez 10 operações plásticas num só dia. Tudo coisas importantes mas, bolas, com tanto destaque dado ao caso PT e à face oculta, com tanta manchete sobre Sócrates e as novas iniciativas do PS não haveria já espaço disponível? Ou será que os média, após a miserável entrevista de Judite de Sousa ao Presidente do Supremo, caíram em si e se aperceberam do ridículo do rumo que estavam a levar e para onde nos estavam a levar.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Colecção "Brinquedos antigos"

Até faz bolinhas com a boca e é mesmo igual a nós!

Wall Street ajudou Grécia a esconder crise, escreve The New York Times
TSF, hoje às 06:28

O jornal New York Times noticiou, esta segunda-feira, que Atenas incorreu, durante uma década,em práticas que permitiram iludir os limites da dívida estabelecidos por Bruxelas com a ajuda dos bancos de Wall Street. De acordo com o diário norte-americano, as tácticas utilizadas por Wall Street, como as que fomentaram a crise das “subprime” nos Estados Unidos, contribuíram para agravar a crise na Grécia e prejudicaram o euro.

Agora adivinhe-se qual foi o banco que ajudou a fazer a marosca… Exacto: Goldman Sachs; o banco de onde saiu António Borges para vice-presidente do PSD. O tal que um mês antes da crise queria privatizar a Caixa Geral de Depósitos. Aqueles que ocupam os dias a comparar Portugal à Grécia e a dramatizar a acção do governo português, deveriam reflectir nisto, e no porquê do povo continuar a votar maioritariamente no PS.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Petição e Manifesto

Pela democracia, nós tomamos partido
"Com base numa suposta preocupação com a «liberdade de expressão», que não está nem nunca esteve em causa, um conjunto de pessoas tem fomentado a prática de actos nada dignos, ao mesmo tempo que pulverizam direitos, liberdades e garantias. É preciso recordar: à Justiça o que é da Justiça, à Política o que é da Política."  Petição e Manifesto. Texto integral   AQUI!

Laranjada!

Não tenho nada com isso, mas se fosse laranja, era este homem que escolhia. E explico porquê. As próximas eleições, sejam lá quando forem, estão muito pouco dependentes do desempenho das oposições. No quadro actual, e para os próximos tempos, é a actuação do PS que vai que vai marcar a decisão dos eleitores; ou não tivessem votado ainda há pouco tempo precisamente no PS. Ora, com um Partido Socialista em forma, nenhum dos três candidatos ao PSD tem hipótese nenhuma. O eleitorado preferirá sempre continuar a votar PS e tenderá a equilibrar o quadro político premiando Paulo Portas ou então os dois partidos mais à esquerda. Caso o PS se venha a ressentir de toda a actual envolvência, que vai desde o orçamento, ao caso das escutas, passando pelas finanças regionais, então o PSD terá uma pequena janela de oportunidade. Não parece provável, mas se acontecer, dos três candidatos à liderança do PSD, o mais sério e mais capaz é sem dúvida Aguiar Branco. E é assim, por razões muito simples e facilmente identificáveis. Paulo Rangel é trauliteiro e trambiqueiro, o perfil mais adequado para ganhar eleições combativas (o que já vimos que não será o caso, pois a situação está mais dependente do PS, conforme se confirma pelas recentes sondagens), mas demasiado populista para governar seja o que for. Pedro Passos Coelho representa o aparelho do PSD, com algumas clientelas atreladas, mas sobretudo sem uma linha programática claramente identificável. É mais o género “navegação à vista”.

Concluindo, se o quadro se vier a revelar favorável ao PSD, o que duvido muito, nesta conjuntura, só Aguiar Branco poderá vir emprestar alguma credibilidade internacional, que se vai perder caso venha a haver eleições antecipadas.

Já vi tudo!

Ouvi dizer...

…que a edição angolana do jornal SOL substitui as notícias com as escutas a Joaquim Oliveira por páginas de publicidade ao próprio jornal. Será que a cruzada pela liberdade de expressão e pala verdade nua e crua só interessa para derrubar José Sócrates? Ou seria melindroso publicar escutas onde aparece precisamente Joaquim Oliveira, sócio de Isabel dos Santos.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Até onde irá isto?

Lisboa, 13 fev (Lusa) - O líder parlamentar do PS manifestou hoje o seu "repúdio pelo ato infame" de que diz ter sido alvo a deputada socialista Inês Medeiros ao ser envolvida em notícias sobre alegados financiamentos da PT à campanha de Sócrates.
"Quero manifestar a minha absoluta solidariedade com Inês Medeiros [vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS] e repudiar o ato infame praticado por um jornal e que visou pôr em causa a sua integridade moral", declarou à agência Lusa Francisco Assis.
Uma fotografia de Inês de Medeiros surge hoje na chamada de capa do Correio da Manhã que titulava "PT paga campanha de Sócrates".

Palavras dos outros!

"Não quero dizer que Sócrates não quis dominar a Imprensa. Não digo que o Governo não coma microfones ao pequeno-almoço. Digo é isto: naquela edição do Sol não estava lá nada sobre o assunto." Ferreira Fernandes, no DN, hoje

Memórias

Não sei bem porquê, lembrei-me agora do verão quente de 75. Os ac/dc reinventavam o Rock&Roll e davam origem ao heavy metal. Em Portugal lembro-me que se ouvia Paulo de Carvalho. Nada como um Riff de Angus Young para desopilar.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

sobre escutas, provincianismo, e jogos politicos

“Se o PSD sabia? (desde Junho 2009) Então os advogados que são do PSD e que estavam nos negócios não sabiam? E os do PS, não sabiam? Sabia toda a Lisboa, como é que se pode dizer que não sabiam…”

Ricardo Costa, na SIC Noticias, mais ou menos por estas palavras.

Concluindo, toda a gente sabia de tudo há quase um ano. Então porque é que será que as escutas aparecem mesmo mesmo a seguir às finanças regionais? Sabe-se lá...

Palavras dos "outros"!

"Ontem, por exemplo, a propósito da providência cautelar contra o jornal Sol, foram feitas afirmações ignorantes e afirmações irresponsáveis. Moura Guedes... disse que a providência era a "oficialização da censura". "

"...se a luta política é feita em nome de valores como a liberdade de expressão e a decência, este é um péssimo e perigoso caminho."

Eduardo Nogeuira Pinto, via Câmara Corporativa

Já que, afinal, é tudo uma questão politica.


Eurosondagem. 4 a 9 Fevereiro. 2010 entrevistas telefónicas

Claro que o PSD ainda não tinha 3 candidatos. Lá para Abril o CDS vai perder uns votitos.

O PREC da direita.

"...tudo serve para dar a sensação de desvario, tal como aconteceu com o PREC de 1975. A forma irresponsável como se acusa o poder judicial de estar ao serviço do governo e de Sócrates, essa encarnação do maligno, como se incentiva o julgamento sumário pela populaça, guindando os jornalistas, tal como os militares durante o PREC, ao patamar dos deuses, faz-nos recuar 35 anos.
Tal como nessa época é preciso não perder de vista o essencial – a liberdade, a responsabilidade e o respeito pelas instituições democráticas." Sofia Loureiro dos Santos, Aqui

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

em directo da "Brigada da mão fria"

"Pessoas nascidas na província… que se deslumbraram com a cidade"
"Homens que até aí tinham vivido sempre na província, que até aí tinham uma existência obscura"

É assim que o director do SOL, que substituiu o público no combate ao governo, se refere ao Primeiro-Ministro. Começa a tornar-se evidente o porquê de tanto ataque, tanta conspiração, tanto ódio... Mas o mais evidente, é mesmo a forma como esta clique lisboeta olha para o resto do pais; gente no obscurantismo a precisar mesmo de ser iluminada por suas excelências.

Das 100 pessoas...

...que se manifestaram hoje por se sentiram asfixiadas, quantas não faziam parte da "linha dura de Pacheco Pereira"? E já agora, quem foi o reporter de serviço, quem foi???

“Todos pela liberdade” junta uma centena de manifestantes em frente ao Parlamento 11.02.2010 - 15:12 Por Luciano Alvarez

Eram na sua maioria membros de blogues. Juntaram-se em frente da Assembleia da República para entregar a Jaime Gama a petição “Todos Pela liberdade” que juntou cerca de 9000 assinaturas. Não eram mais de 100, não tinham palavras de ordem e apenas as t’shirts brancas com o logótipo do da petição os distinguiam dos restantes cidadãos que por ali passavam. Jaime Gama ficou de agendar um encontro com os organizadores, porque, como é hábito, não recebe os manifestantes no dia em que eles protestam. PSD, CDS, PCP e BE ficaram de os receber ao longo da tarde. Até às 15 horas ainda não tinham obtido resposta do PS.

Alguem se lembra desta menina?

Bom, eu lembro-me bem que no final da década passada era a única artista internacional com uma música chamada "TIMOR". Quando o mundo inteiro andava distraído e as manifestações em Portugal tinham bons propósitos e fundamento. Mas não é só isso que me faz lembrar. É que esta menina, nascida no bairro "La Barranquilla", na Colômbia, onde a iliteracia é dominante e os jagunços a soldo matam meninos abandonados, põe o tom do discurso onde ele deve ser posto e como António Guterres o punha há quinze anos atrás; a forma única de mudar de paradigma é através da massificação do ensino

Mau serviço!

Como se previa, a manifestação marcada para hoje, foi um mau serviço à “Liberdade de Expressão”. Daqui para o futuro, qualquer grupo de pressão estará mais à vontade para interferir no que quer que seja, sabendo que tão poucos se preocupam com a dita.


Há conquistas e valores com os quais não se pode brincar. Infelizmente há sempre gente disponível para servir de coro àqueles que se servem dos lugares públicos para fins de promoção pessoal.

Irra, que esta gente é perigosa!


Ainda agora começou a festa (foi ontem que Rangel se assumiu candidato, não foi?) e já começa o ataque a Pedro Passos Coelho. E que ataque! Qual José Sócrates a abater, tem o Pedrinho tem umas ligações esquisitas a empresas e burlas qualificadas, corrupção, branquamento de capitais, etc..                  Tudinho na sábado com o insinuante titulo de "As ligações incómodas de Passos"

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Aguiar Branco...

...hoje ao fim da tarde, depois de perceber que fez papel de idiota util! Às mãos de Pacheco Pereira, claro.

Os três da vidairada...


Orçamento 2010

Magnifica prestação de José Sócrates hoje, no debate do orçamento. Tudo bem explicadinho, quer quanto aos propósitos, quer quanto às medidas, com uma boa ajuda de Francisco Assis.

Para quem é sempre acusado de não responder a nada, respondeu a tudo, com clareza e sem margens para dúvidas de que o governo tem um rumo e vai persegui-lo. O mesmo não se pode dizer da oposição, que teve prestações muito distintas. Paulo Portas esteve bem, no seu estilo algo populista, com aquelas tiradas para as manchetes, como foi o caso dos ordenados dos políticos. Mas em geral esteve bem. Francisco Louça também esteve bem. Manuela F. Leite esteve bem no tom, mas como sempre uma desgraça no conteúdo. Ela que costuma ter fama do contrário. Mas a forma como se referiu ao endividamento até faria supor que vinha dali alguma coisa com substancia. Afinal não, limitou-se a assombrar com a dimensão do endividamento externo, como se os encargos com a divida publica não estivessem incorporados no défice e como se tivesse soluções na manga para o endividamento privado.

Jerónimo de Sousa esteve igual a si próprio, a alertar para o que vem aí com as politicas de direita e a perguntar porque é que são sempre os mesmos a pagar a crise. Convenhamos que é difícil perceber, quando ainda esta semana o Santander apresentou 530 Milhões de Euros de lucro, em pleno ano de crise. Foi um excelente debate onde se percebeu muito bem o que são propostas avulsas, umas melhores e outras mesmo más, e o que é a consistência de todo um programa de governação.

Paulo Rangel anuncia candidatura à liderança do PSD!

A TSF apurou que, esta quarta-feira, o eurodeputado social-democrata vai apresentar uma candidatura à liderança do PSD.

Como se houvesse alguma dúvida...

Nomes feios

Muito embora os céus não confirmem (hoje chove em força), as nuvens dissipam-se sobre as finanças da Republica. De facto, ontem foi o dia em que as agencias de rating inflectiram a sua opinião sobre a capacidade de Portugal fazer face à divida. Parece que agora, a probabilidade de incumprimento já é “quase zero”…

São boas notícias, pelo alívio da pressão internacional a que andávamos sujeitos, no entanto, não nos podemos alegrar. Quem não foi capaz de prever a crise internacional, a falência da Islândia, o descalabro da Irlanda, a pré-falência da Grécia (parece que já andam falidos vai para duzentos anos) e que ainda a semana passada atribuía redlight a Portugal, não tem credibilidade para coisinha nenhuma. Infelizmente, os mercados navegam ao sabor destas informações de “pasquim da aldeia” e ninguém se admire se, já para a semana, nos inventarem mais uma alcunha qualquer. Afinal ainda há pouco nos chamaram P.I.G.S. e S.T.U.P.I.D’s.

Dá trabalho, mas faz-se e ajuda a entender.

"O militante nº1 do PSD é o dono de um dos maiores grupos de comunicação social, a TVI segue uma linha editorial oposicionista mesmo após o fim daquele show de assassinato de carácter às sextas, o Público teve até há pouco tempo a função de lançar campanhas difamatórias contra Sócrates e foi protagonista de uma tentativa de viciação das eleições Legislativas, o Sol e o Correio da Manhã furam o segredo de Justiça exclusivamente dos processos que podem prejudicar o Governo e Sócrates, a RTP é tão isenta que até um doente como Pacheco Pereira tem de andar de cronómetro a contar os segundos do Jornal da Tarde para ter o que envenenar, a Antena 1 foi forçada a interromper uma inócua e criativa campanha de promoção sob a demente alegação de que pretendia acabar com o direito à manifestação, a Igreja domina uma fatia importante do espaço radiofónico, as histéricas vedetas do BE são a coqueluche da comunicação social há anos e anos, o PCP louva a Coreia do Norte no Avante, o jornal i é abertamente oposicionista quando os caluniadores afiançavam que iria estar ao serviço do PS, a Constituição salvaguarda a liberdade de expressão e demais princípios democráticos, existem inúmeros garantes legais e cívicos que tornam impossível a existência da censura, o ambiente é de constante calúnia e perseguição para quem vocaliza o seu apoio ao Governo – já se tendo chegado à fase em que se atacam aqueles que não atacam Sócrates! – e qualquer macaco diz o que quer e lhe apetece em casa, na rua e na Internet." Val, no Aspirina.

Palavras Sábias!

Os "freedom fighters" quando chegarem ao poder privatizarão a RTP e abdicarão de toda e qualquer participação do Estado em empresas de comunicação, ou nem por isso?
Bernardo Pires de Lima, no União de Facto

estangeirismos...

Porque é que a direita, em momentos de crise, apela sempre à intervenção estrangeira?

Querem o FMI, clamam pela União Europeia, já quiseram ser espanhóis (alguns ainda continuam, apesar do desemprego) e irlandeses. Que falta de patriotismo…

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Boa notícia!

O Tiago Barbosa Ribeiro tem um novo blogue; o “Metapolitica”. Bem vindo Tiago, nunca somos muitos e a tua presença é sempre uma mais valia muito grande. Abraço!

exercicio de "Liberdade de Expressão"

A hipocrisia está ao rubro por terras lusas. Marca-se uma manifestação pela “Liberdade de Expressão” com ecos em todos os quadrantes da política nacional e com divulgação em todos os meios de comunicação, incluindo os que supostamente são controlados pelo governo e nos quais, supostamente, a liberdade de expressão está ameaçada. Curioso, eu diria que toda a gente se “exprime livremente”. Desde jornalistas que fazem da insinuação caluniosa a sua prática profissional, a cronistas que fazem crónicas de opinião por “ouvi dizer”, a comentadores que usam do seu abundante tempo de antena televisivo para se dedicarem exclusivamente a atacar o PM (até se dão ao trabalho de poupar o PS, o que não deixa de ser curioso), a bloguistas que tem por missão contraditar outros bloguistas, a deputados do PS que apresentam livremente propostas de lei com as quais o PM não concorda, até ao mais comum dos cidadãos nas suas conversas de café e barbearia. Então para quê uma manifestação em nome da “Liberdade de Expressão”?

A resposta é óbvia, a liberdade de expressão vai funcionar como uma espécie de menor denominador comum a todos aqueles que por oposição doutrinária ou por ódio moralista primário se querem livrar de José Sócrates a qualquer custo. Para esses, o fim justifica os meios, não se importando de, numa retórica claramente populista, tentar agregar à custa do desbaratar de todo um património de conquistas democráticas. Sendo uma delas a própria diversidade de opiniões politicas (como é confrangedor ver todos juntos…) e outra, o primado da lei, à revelia da qual se obtiveram dados e informações (Como isto é grave, como isto é grave!)

Acontece porem, que a redução da liberdade de expressão a MENOR denominador comum, é um preço muito alto a pagar, talvez demasiado alto. É sempre bom que o povo mostre sem equívocos a todos os governantes, que está atento aos seus direitos, nomeadamente à liberdade de expressão, mas a adequação dos meios com que o faz é sintomática daquilo que pretende atingir.

Neste caso, muito mais do que defender a liberdade de expressão, o que esta manifestação pretende é combater José Sócrates na rua, já que o PS ganhou nas urnas. O que se passa é que existe um verdadeiro frentismo para tirar José Sócrates do Poder, que une todos os partidos da oposição com grande parte dos meios de comunicação e com as “cabeças pensantes do reino”, que pululam um pouco por toda a blogosfera.

Assumam então, mas não sacrifiquem a liberdade de expressão a esses fins tão politiqueiros.

Foi triste, realmente muito triste...

Paulo Rangel lá fez o "numero" a que se propôs e foi ao Parlamento Europeu afirmar que portugal já não é um estado de direito. Obviamente que cada um se socorre dos meios que tem ao dispôr para conseguir o mediatismo de que necessita, mas esta cambada que utiliza os mandatos que lhes damos para irem para a europa denegrir a imagem e o prestigio do país, não merece qualquer respeito. Até por uma questão de reserva moral. Se vão agora dizer estas barbaridades que é que farão em situações mais graves?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

a ler...

Pedro Marques Lopes - Outro Asfixiado, no União de Facto

Isabel Moreira - Despachos, Sol, Liberdade de Expressão, Sócrates, Asfixia: posso?, no Jugular

Candidato a "Nuno Melo"

Como seria de esperar, com a pressão sobre os ombros, o candidato extemporâneo à liderança do PSD começa a desbravar caminho. Qual “Nuno Melo”, não encontrou melhor forma para aparecer em destaque nas parangonas politicas lusas, do que aplicar mais uma valente machadada no prestigio e credibilidade nacional. Mas porque é que esta gente, sempre tão pronta a proclamar o seu patriotismo, são sempre os primeiros a denegrir Portugal???


Paulo Rangel vai denunciar no PE falta de liberdade de expressão

O eurodeputado do PSD anunciou que vai denunciar no Parlamento Europeu (PE) a falta de liberdade de expressão que diz existir em Portugal. TSF

A sério???? Olha que surpresa!...

Rangel 'forçado' a decidir já


Aguiar-Branco condiciona Rangel. As distritais pressionam directas. E já têm 5 mil assinaturas a exigi-las. por DAVID DINIS

Ai sim!!!

Estudo elaborado em Harvard revela que a Grécia se encontra em estado de falência há cerca de duzentos anos.
Curioso que quando passei por lá não dei por nada...

A forma certa de competir no mercado global

Pavilhão de Portugal na Expo 2010 revestido cortiça

Vai custar €3 milhões e estará de portas abertas em Xangai de 1 de Maio a 31 de Outubro. Lá dentro, será mostrado um Portugal moderno e inovador, com o acento tónico nas energias renováveis e nos produtos de qualidade. Terá um centro de negócios que pretende ser uma ponte para as relações comerciais com a China. Vítor Andrade (www.expresso.pt) 11:26 Segunda-feira, 8 de Fev de 2010

Timings

E por falar em tempo, será que ainda não fez confusão a ninguém que as revelações do processo de Aveiro tenham aparecido mesmo logo a seguir à votação da Lei das Finanças Regionais, que tanto dano provocou nos partidos da direita?

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Inicio!

Hoje pareceu-me um bom dia para começar um blogue. Um destes dias, tristes, em que “o vento mal bulia e o céu o mar prolongava…”