Parece complexo mas é muito simples.
Na blogosfera existem blogues de esquerda e blogues de direita, blogues pró governo e blogues contra, blogues colectivos e individuais, blogues e mais blogues.

Entretanto, um economista do Porto, de seu nome Carlos Santos, conhecido pelos seus comentários nas caixas dos blogues, se cola à campanha de Sócrates em 2009 e passa a ter intervenção regular num blogue colectivo criado por si próprio, a favor do PS.
Mas vai que o dito economista, hoje muito conhecido por “bufo”, eventualmente desiludido pela falta de retribuição a que foi votado por parte daqueles que apoiou vem confirmar que, de facto, há assessores a escreverem em blogues e que esses mesmos assessores utilizam meios do estado, comprovando os factos com e-mails recebidos dos respectivos computadores.
A história é mais ou menos irrelevante, pois como toda a gente sabe, os assessores políticos dos governantes servem exactamente para isso mesmo, para assessorar politicamente e o próprio Estado até consagra verbas no orçamento para esse efeito. Quanto aos meios utilizados, também é mais ou menos óbvio para toda a gente que são minudências ridículas, porquanto também todos os professores universitários que são blogguers utilizam meios da universidade para o efeito, todos os funcionários públicos o fazem também, assim como todos os empregados ou sócios de qualquer empresa e não é provável que o comuniquem a todos quantos estão, hipoteticamente, a prejudicar. Sejam contribuintes do erário público, cooperantes de qualquer universidade ou patrões da empresa onde trabalham. Estritamente falando, é evidente que qualquer blogguer que queira exercer actividade política, apenas o deveria fazer com meios próprios (o meu caso) ou do respectivo partido. Na prática todos sabemos que não é isso que se passa.

É isto e só isto que alimenta o ambiente intrincado de tricas e intrigas que se tem vivido nos blogues nos últimos tempos. Não se creia porem que se trata de disputas desgarradas, de gente despeitada, pronta a combater pelo seu espaço vital. Não, não é nada disso. É, assim como as escutas e outros acontecimentos, mais um pauzinho na fogueira onde se vai cozinhar o caldo da sucessão de José Sócrates. É toda uma envolvência destinada a marcar posição para o tiro de partida, que a direita e em especial o PSD, suspeita estar próximo.
Pode ser que se enganem…
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