quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Orçamento 2010

Magnifica prestação de José Sócrates hoje, no debate do orçamento. Tudo bem explicadinho, quer quanto aos propósitos, quer quanto às medidas, com uma boa ajuda de Francisco Assis.

Para quem é sempre acusado de não responder a nada, respondeu a tudo, com clareza e sem margens para dúvidas de que o governo tem um rumo e vai persegui-lo. O mesmo não se pode dizer da oposição, que teve prestações muito distintas. Paulo Portas esteve bem, no seu estilo algo populista, com aquelas tiradas para as manchetes, como foi o caso dos ordenados dos políticos. Mas em geral esteve bem. Francisco Louça também esteve bem. Manuela F. Leite esteve bem no tom, mas como sempre uma desgraça no conteúdo. Ela que costuma ter fama do contrário. Mas a forma como se referiu ao endividamento até faria supor que vinha dali alguma coisa com substancia. Afinal não, limitou-se a assombrar com a dimensão do endividamento externo, como se os encargos com a divida publica não estivessem incorporados no défice e como se tivesse soluções na manga para o endividamento privado.

Jerónimo de Sousa esteve igual a si próprio, a alertar para o que vem aí com as politicas de direita e a perguntar porque é que são sempre os mesmos a pagar a crise. Convenhamos que é difícil perceber, quando ainda esta semana o Santander apresentou 530 Milhões de Euros de lucro, em pleno ano de crise. Foi um excelente debate onde se percebeu muito bem o que são propostas avulsas, umas melhores e outras mesmo más, e o que é a consistência de todo um programa de governação.

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