domingo, 14 de fevereiro de 2010

Laranjada!

Não tenho nada com isso, mas se fosse laranja, era este homem que escolhia. E explico porquê. As próximas eleições, sejam lá quando forem, estão muito pouco dependentes do desempenho das oposições. No quadro actual, e para os próximos tempos, é a actuação do PS que vai que vai marcar a decisão dos eleitores; ou não tivessem votado ainda há pouco tempo precisamente no PS. Ora, com um Partido Socialista em forma, nenhum dos três candidatos ao PSD tem hipótese nenhuma. O eleitorado preferirá sempre continuar a votar PS e tenderá a equilibrar o quadro político premiando Paulo Portas ou então os dois partidos mais à esquerda. Caso o PS se venha a ressentir de toda a actual envolvência, que vai desde o orçamento, ao caso das escutas, passando pelas finanças regionais, então o PSD terá uma pequena janela de oportunidade. Não parece provável, mas se acontecer, dos três candidatos à liderança do PSD, o mais sério e mais capaz é sem dúvida Aguiar Branco. E é assim, por razões muito simples e facilmente identificáveis. Paulo Rangel é trauliteiro e trambiqueiro, o perfil mais adequado para ganhar eleições combativas (o que já vimos que não será o caso, pois a situação está mais dependente do PS, conforme se confirma pelas recentes sondagens), mas demasiado populista para governar seja o que for. Pedro Passos Coelho representa o aparelho do PSD, com algumas clientelas atreladas, mas sobretudo sem uma linha programática claramente identificável. É mais o género “navegação à vista”.

Concluindo, se o quadro se vier a revelar favorável ao PSD, o que duvido muito, nesta conjuntura, só Aguiar Branco poderá vir emprestar alguma credibilidade internacional, que se vai perder caso venha a haver eleições antecipadas.

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