sexta-feira, 12 de março de 2010

Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem é!


Sindicato do Ministério Público forçou processo a Lopes da Mota


Excertos com significado (há coisas incriveis, não há?):


Relatando o dia do polémico encontro com Lopes da Mota, os dois procuradores dizem ter sentido alguma estranheza em relação aos comentários do então presidente da unidade europeia de cooperação judiciária. Mas combinaram manter o assunto entre os dois. No dia seguinte, almoçaram com António Cluny, presidente cessante da direcção do sindicato, e João Palma, que seria eleito sucessor no fim-de-semana seguinte. Contam o que se passou e pedem confidencialidade.

À saída do almoço, o procurador Paes de Faria comenta, dando a entender o impacto que a conversa tivera nos interlocutores, que se calhar tinham feito mal em abordar o assunto. "Deixa lá. Está dito, está dito, agora já não há nada a fazer", responde-lhe Vítor Magalhães. Dois dias depois, é noticiada a existência de pressões e Vítor Magalhães assegura ter sido na sequência dessa notícia que decidiu contar o sucedido à directora do DCIAP, Cândida Almeida.

No primeiro depoimento que faz ao inspector encarregue do inquérito, Paes de Faria confessa ter ficado "surpreendido e não menos incomodado" quando ouviu o recém-eleito presidente do sindicato, João Palma, prestar na televisão declarações sobre as pressões. E ficou "preocupado" por perceber que o caso assumia uma repercussão pública "desproporcionada, tendo em conta a relevância que, pessoalmente, dera aos factos".

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