sábado, 13 de março de 2010

Isto tinha mesmo que transcrever...


"É muito difícil encontrar católicos, mesmo quando os procuramos dentro das igrejas. Já encontrar quem tenha opiniões acerca da religião católica, é mais fácil do que pisar beatas à porta de um café. Os padres devem poder casar? Saltam logo retumbantes apoios ao casório. As mulheres devem poder ser ordenadas? Caem do céu inflamados protestos contra o atraso de dois mil anos na implementação dessa paridade sexual. A Igreja deve ficar calada quanto ao aborto? Levantam-se clamorosas vozes a exigir que os religiosos deixem de perturbar a sociedade secular com a expressão pública das suas aberrações teológicas.
Muito bem. Não há problema algum com este fenómeno onde indivíduos que não são católicos, nunca o foram, nem se imaginam a ser, desatam a emitir sentenças a respeito de matérias cuja história e racionalidade ignoram. Nenhum problema, dado que é nessa civilização da liberdade, mesmo daquela liberdade que não sai da ignorância, que apetece viver. O problema é não se prolongar o interrogatório. Por exemplo, que pensam essas pessoas do dogma da virgindade de Maria? Faz sentido manter essa léria ou há vantagem em reconhecer que o velho José sempre molhou a sopa na miúda? E quanto aos milagres relatados nos Evangelhos, devemos ignorar as evidências científicas que nos garantem não existir milagre algum neste mundo, à excepção da actual época do Benfica? Já agora, tendo em conta a complicação em que se tornou a concepção trinitária de Deus, não será preferível fazer uma versão simplificada onde a divindade seja descrita como um Noddy de barbas?
Até pagava para conhecer essas respostas."
Val, no Aspirina B

1 comentário:

Anónimo disse...

"essa léria", "o velho josé". Que falta de respeito e de bom senso.
Silvestre.