quarta-feira, 3 de março de 2010

Estou muito mais descansado… e José Sócrates também!

Depois do debate entre Paulo Rangel e Passos Coelho fiquei muito mais descansado. Rangel confirmou que não passa de um idiota que papagueia umas tretas. Já não convence ninguém, nem sequer a taskforce do sector mais elitista do PSD. Debita umas tretas para a agricultura, umas rupturas não se sabe do quê, mas sobretudo vai ficar conhecido pelo enxovalho a que sujeitou Portugal e os portugueses. Rui Rio, que é um tipo de horizontes curtos, mas não é burro nenhum, já lhe retirou o apoio. Miguel Veiga, que além de não ser burro nenhum, sabe a musica toda, também lhe retirou o apoio, tal a dimensão do disparate. Só o Pacheco continua iludido, mas aquilo lá para as bandas da Marmeleira também não tem corrido bem.

Quanto a Passos Coelho, é um caso bastante mais sério. Ele leva a lição bem estudada, leva o caminho bem traçado e além disso, em muitas coisas tem razão. Para além disso, tem boa figura, uma voz possante e um corpo de valores (será genuíno???) estruturado na moralidade vigente. E o problema começa aqui. É tudo tão “clean” que parece de plástico. Não temos homem, temos quase super-homem. Liberal quando ser liberal fica bem, estatista quando o questionar o Estado parece impossível, respeita as instituições, o PS e a Républica; fosca-se, só falta ser capa da Men’s Health. Não me parece que o eleitorado vá nisso. Ele sabe de cor as questões do Estado regulador, mas não concorrente, ele conhece e respeita o papel das instituições e mostra-se conhecedor da responsabilidade dos eleitos, ele não enjeita um rumo de mudança dentro de um rumo institucional. Mas falta qualquer coisa, falta alma!

Esperemos pois por Aguiar Branco, embora pela aragem, se veja já o que vai na carruagem!

Sem comentários: